Muitas pesquisas sobre câncer colorretal estão em desenvolvimento em diversos centros médicos no mundo inteiro, promovendo grandes avanços em prevenção, detecção precoce e tratamentos:
- Genética
Vários exames, como Oncotype Dx, ColoPrint e ColDx, foram desenvolvidos para avaliar a atividade de diferentes genes em tumores de câncer colorretal. Esses exames podem prever quais pacientes têm um risco aumentado de metástase. Entretanto, ate o momento, com nenhum desses exames foi possível prever quais pacientes se beneficiariam da quimioterapia ou outros tratamentos.
- Estadiamento
Os pesquisadores desenvolveram um teste para detectar áreas de metástases nos gânglios linfáticos próximos mais eficaz que os exames utilizados normalmente. Reconhecer um tipo de RNA, encontrado no câncer colorretal, pode ajudar a identificar os pacientes com a doença avançada e que poderiam se beneficiar da quimioterapia após a cirurgia.
- Novas Técnicas Cirúrgicas
Os cirurgiões continuam a aprimorar as técnicas cirúrgicas do câncer colorretal. Atualmente, eles têm uma melhor compreensão de que a cirurgia colorretal está propensa a ser mais bem sucedida, quando um número suficiente de linfonodos é removido durante a cirurgia.
A cirurgia laparoscópica é realizada através de pequenas incisões no abdome ao invés de uma grande incisão, e está se tornando mais amplamente utilizada para alguns tipos de câncer colorretal. Esta abordagem permite que os pacientes se recuperem mais rápido, com menos dor no período pós-cirúrgico.
Com a cirurgia robótica, o cirurgião senta-se diante de um painel de controle e manuseia com precisão através de braços robóticos para realizar a cirurgia. Entretanto, este tipo de procedimento ainda está sendo estudado.
- Quimioterapia
Diferentes abordagens estão sendo avaliadas nos estudos clínicos, incluindo:
- Novos medicamentos quimioterápicos já são utilizados para outros tipos de câncer, como a cisplatina e a gemcitabina.
- Quimioterapia sem a inclusão do 5-FU para pacientes cujos tumores mostram instabilidade de microssatélites. Os pacientes cujos tumores têm esta característica molecular tendem a sobreviver mais tempo após a cirurgia, mas eles podem ser menos propensos a serem ajudados por combinações quimioterápicas que incluam o 5-fluorouracil como tratamento adjuvante após a cirurgia.
- Novas formas de combinar os medicamentos já conhecidos como ativos contra o câncer colorretal, como o irinotecano e a oxaliplatina, para melhorar sua eficácia.
- Melhores maneiras de combinar a quimioterapia com a radioterapia, terapia alvo e/ou imunoterapia.
- Terapia Alvo
Vários tipos de terapia alvo já são utilizadas para tratar o câncer colorretal, incluindo bevacizumab, cetuximab e panitumumab. Os médicos continuam estudando a melhor maneira de prescrever esses medicamentos, de modo a torná-los mais eficazes.
A terapia alvo é usada, atualmente, no tratamento do câncer avançado, mas novos estudos estão em andamento, para determinar se pode ser utilizada na terapia adjuvante, para reduzir ainda mais o risco de recidiva.
- Imunoterapia
Vários estudos com vacinas para tratar o câncer colorretal ou impedir a recidiva estão em andamento. Ao contrário das vacinas que previnem doenças infecciosas, estas vacinas são destinadas a aumentar a reação imunológica do paciente para combater o câncer colorretal de forma mais eficaz.
Muitos tipos de vacinas estão em estudo, por exemplo, algumas envolvem a remoção de células do sistema imunológico do próprio paciente a partir do sangue, e são expostas, em laboratório, a uma substância que fará com que elas ataquem as células cancerígenas, quando reintroduzidas ao corpo do paciente. Neste momento, estes tipos de vacinas estão disponíveis apenas em ensaios clínicos.
Fonte: American Cancer Society